Herança bilionária de Odete Roitman agita Vale Tudo

Quando Odete Roitman, interpretada por Débora Bloch cai no fim da trama de Vale Tudo, ninguém espera que seu espólio de herança bilionária de R$ 240 milhões vire o campo de batalha da novela.
Contexto histórico da novela e o retorno da vilã
A versão de 2025 do clássico da Globo traz de volta a figura mais temida da teledramaturgia brasileira. Na produção original (1988‑1989), Beatriz Segall fazia a icônica vilã, que terminava em um duelo de armas com Marco Aurélio. O remake, porém, troca tiros por um assassinato em alta velocidade, dentro do luxuoso Copacabana Palace, no coração da Rio de Janeiro.
Patrimônio de Odete Roitman e a disputa sucessória
Segundo levantamento feito pelo colunista Rodolfo Carvalho, da seção "Resumo das Novelas ON", o império de Odete inclui:
- Um jato particular de meia‑tonelada, avaliado em R$ 160,5 milhões.
- O prédio sede da TCA, empresa fictícia de construção, que valerá entre R$ 50 e 79 milhões.
- Vários imóveis de alto padrão espalhados pelo Rio Sul.
Com a morte anunciada para os episódios de 6 e 7 de outubro, duas figuras emergem como herdeiros principais: Afonso (Humberto Carrão) e Heleninha (Paolla Oliveira). Afonso, sempre tímido, agora assume a direção da TCA; Heleninha, já marcada por crises, veste novamente a camisa de "fugitiva do álcool".
Reações dos personagens principais
Nos bastidores da trama, César (Cauã Reymond) descobre que herdará metade da TCA caso sua esposa venha a falecer — um detalhe que alimenta especulações sobre um possível “casamento de conveniência”.
Já Leonardo (Guilherme Magon), que acreditava estar morto, reaparece no capítulo 146, aumentando a tensão psicológica de Heleninha. Ela escreve uma carta de despedida que, segundo o roteirista, deverá ser lida ao público antes da cena do suicídio aparente.

Estratégia de produção da Globo e múltiplos finais
A Globo, entidade responsável pela exibição, optou por gravar três versões distintas do final. "Não queremos vazamentos, então parte da equipe não recebeu o último capítulo", confidenciou Rodrigo da Globo. Em uma das ramificações, o suspeito será Marco Aurélio (Alexandre Nero); em outra, César. O mistério vai se desenrolar até o episódio 150, quando Odete for “baleada enquanto dirige”.
Para manter o suspense, as filmagens das cenas finais aconteceram em estúdio “black‑out”, sem luzes externas e com câmeras de gravação restritas. "É como montar um quebra‑cabeça de 5 mil peças e esconder algumas peças-chave", explicou o diretor de arte.
Impacto para o público e previsões
Os números de audiência já mostram um pico de 28 pontos nas exibições de 2 a 4 de outubro, superando a média da novela nos últimos dois meses. Analistas de mídia acreditam que a disputa pela herança bilionária será o gancho que manterá os telespectadores grudados nas telas até o último minuto.
Especialistas em teledramaturgia comentam que a reconstituição da vilã em uma trama de assassinato, ao invés de um duelo de palavras, reflete o gosto do público por histórias de mistério ao estilo “Who‑Dun‑It”. Além disso, o fato de a fortuna incluir um jato particular pode impulsionar discussões sobre desigualdade e ostentação no Brasil contemporâneo.

Curiosidades e referências ao original de 1988
Enquanto o remake traz tecnologia 5G e drones para as cenas de ação, a versão clássica contava com a famosa fala de Odete: "Eu não nasci pra ser boa", que ainda ecoa em memes nas redes sociais. Naquela época, a batalha final ocorria num bar de Copacabana, onde Heleninha (Renata Sorrah) desabava em lágrimas enquanto bebia. Hoje, o bar foi substituído por um luxuoso salão de festas do próprio hotel.
Outra diferença marcante: o personagem Celina, interpretada por Malu Galli, agora é a organizadora do casamento entre César e Odete – um casamento que, segundo o roteiro, deve gerar um escândalo de imprensa dentro da própria novela.
Perguntas Frequentes
Como a disputa pela herança de Odete Roitman afeta a trama?
A disputa coloca Afonso e Heleninha no centro das decisões da TCA, gerando alianças inesperadas e conflitos de interesse que alimentam o suspense nos últimos capítulos.
Quem são os principais suspeitos do assassinato?
As versões gravadas sugerem três suspeitos: Marco Aurélio, César e um misterioso atirador ainda não revelado. A Globo ainda não confirmou qual caminho será exibido.
Qual é o valor estimado do jato particular de Odete?
Especialistas avaliaram o jato em aproximadamente R$ 160,5 milhões, tornando‑o o bem mais valioso do espólio.
Como a Globo está evitando vazamentos do final?
A emissora dividiu a equipe de produção, limitou o acesso ao último capítulo e gravou cenas em estúdio escuro, garantindo que apenas alguns diretores conheçam o desfecho.
O que muda na comparação entre o remake de 2025 e a versão original?
Além da troca de atores, o desfecho agora envolve assassinato, múltiplas versões de fim e tecnologia avançada nas filmagens, enquanto a trama original terminava em um duelo de armas e discussão no bar.
Luciano Hejlesen
Olha, quando a Globo decide brincar de Monopoly com a herança de Odete Roitman, a gente percebe o nível de ostentação que eles querem vender ao público 🙄. Primeiro, o jato particular valendo R$ 160,5 mi, que nem o diretor de aviação teria coragem de comprar sem um empréstimo de novo. Depois, a TCA, que parece mais um império imobiliário de São Paulo à tarde de sábado. A trama ainda tem o drama do assassinato no Copacabana Palace, mas tudo isso serve para esconder o verdadeiro vilão: a própria sociedade que idolatra esse luxo absurdo. Cada cena parece um comercial disfarçado de novela, com drones capturando o brilho do ouro enquanto a gente pensa nas desigualdades que aumentam a cada dia 📈. E ainda tem essa obsessão de gravar três finais diferentes, como se o suspense fosse mais valioso que a própria história. O público se alimenta de teorias conspiratórias, faz memes e esquece que a raiz do problema está na disparidade de renda. A Globo, ao invés de abordar questões reais, prefere criar um reality de milionários, como se tudo fosse um grande jogo de tabuleiro. No fim, quem perde somos nós, espectadores cansados de ver a elite glorificada enquanto nossos impostos mal cobrem o básico. É um sintoma de uma mídia que se perdeu em sua própria vaidade, não acha? 😒
Mas ainda tem gente que defende que isso aumenta a audiência e salva empregos, como se números fossem desculpa para tudo. E isso me deixa ainda mais irritado, porque a cultura deveria servir de crítica, não de celebração de bodes. Se quiserem um drama de verdade, falem das favelas, das escolas sem recursos, das famílias que lutam pra sobreviver. Em vez disso, a gente tem um jato que mais parece uma plataforma espacial. Até parece que o próximo capítulo vai ser gravado na Estação Internacional! Mas não, é só mais um truque para manter a curiosidade viva enquanto a desigualdade cresce.