Novak Djokovic abandona Cincinnati e encara US Open sem preparação
Quando Novak Djokovic, tenista sérvio de 38 anos, anunciou sua desistência do Western & Southern OpenMason, Ohio na segunda‑feira, 4 de agosto de 2025, o mundo do tênis sentiu o baque. A decisão, classificada pelos organizadores como ‘não médica’, marca a segunda ausência consecutiva do sérvio no torneio preparatório que antecede o US Open.
Histórico recente de Djokovic no circuito 2025
Até o momento, o recorde de 2025 traz 26 vitórias e 9 derrotas para Novak Djokovic, incluindo o título do Geneva Open em maio, que lhe garantiu a marca de 100 títulos individuais. Contudo, o caminho tem sido tortuoso: em 9 de julho, durante a quartas‑de‑final de Wimbledon, ele sofreu uma queda “desagradável” contra Hubert Hurkacz, comprometendo a perna esquerda. Dois dias depois, no semifinal contra Jannik Sinner, que já ocupava a primeira posição no ranking da ATP, Djokovic perdeu em sets diretos, encerrando sua campanha em Londres.
Logo após, optou por não disputar o Toronto Masters (National Bank Open) – evento que ocorreu de 28 de julho a 10 de agosto – alegando lesão na virilha. Essa sequência de ausências deixa o atleta com um hiato de 44 dias sem partidas oficiais entre 11 de julho e 24 de agosto, quando começa o US Open.
Detalhes da retirada do Western & Southern Open
O torneio, patrocinado pela Western & Southern Financial Group, detém ativos de US$ 34,7 bilhões (dados de 31/12/2024) e costuma ser o último teste em quadras duras antes de Nova Iorque. Ao declarar que a saída não decorre de problemas médicos, Djokovic surpreendeu tanto a direção do evento quanto a sua própria equipe técnica.
“Precisamos preservar a longevidade da carreira, especialmente nesta fase”, afirmou Marcos Baghdatis, treinador de Djokovic, em entrevista ao ESPN Brasil. “A escolha foi estratégica: treinar intensamente em condições controladas, em vez de acumular desgaste em partidas de alto risco”.
A ATP (Associação de Tenistas Profissionais) ainda não se pronunciou oficialmente, mas um porta‑voz disse que a “decisão será respeitada e monitorada de perto”.
Reações de jogadores e autoridades
Jannik Sinner comentou que o salto de Djokovic rumo ao US Open será “mais difícil sem o ritmo das partidas de preparação”. Já o atual número 1 do ranking, Carlos Alcaraz, disse que “a ausência de Novak pode abrir espaço, mas também reduz a experiência de alto nível que costuma elevar o nível de todos”.
Do lado organizacional, o diretor do USTA Billie Jean King National Tennis Center declarou que “a expectativa de público continua alta, mesmo sem a presença de um dos maiores da história”.
Analistas de tênis da BBC Sport sugerem que a pausa pode ser benéfica para a recuperação física, mas arriscada em termos de adaptação ao ritmo acelerado dos duelos de hard‑court que caracterizam o US Open.
Impactos para o US Open de Nova York
O Grand Slam começa oficialmente no dia 24 de agosto de 2025, com as qualificatórias a partir de 19 de agosto, no USTA Billie Jean King National Tennis Center, Flushing Meadows. Sem partidas de preparação, Djokovic enfrenta um calendário singular: 22 quadras ao ar livre, sendo a Arthur Ashe Stadium a principal, com capacidade para 23.771 espectadores.
Especialistas apontam que a falta de jogos em quadra dura pode prejudicar o timing no serviço e a readaptação ao salto de bolas mais velozes. Por outro lado, a estratégia de treinos focados pode proporcionar maior frescor nos momentos decisivos.
Se a história servir de guia, o sérvio já venceu o US Open quatro vezes (2011, 2015, 2018 e 2023). A questão que paira no ar é se o "gap" de 44 dias será mitigado pelos treinos intensivos ou se abrirá caminho para a nova geração.
O que esperar nos próximos meses
Nos próximos 30 dias, Djokovic deve concentrar-se em sessões de preparação física em sua academia de Belgrado, sob supervisão do fisioterapeuta Dr. Aleksandar Jovanović. Fontes próximas ao atleta indicam que ele pretende testar a velocidade de saque em quadras cobertas em Londres antes de voar para Nova Iorque.
Se tudo correr como o planejado, a estreia dele no US Open será marcada por um duelo de primeira rodada contra o italiano Sebastián Báez, segundo o sortimento já divulgado. Qualquer surpresa — como um retorno precoce ao circuito ou uma lesão inesperada — pode mudar drasticamente o panorama dos favoritos.
Perguntas Frequentes
Por que Djokovic decidiu não jogar em Cincinnati?
O tenista alegou que a decisão foi estratégica, visando preservar o corpo e focar em treinos controlados antes do US Open, sem depender de partidas competitivas que poderiam agravar lesões pré‑existentes.
Como a ausência de partidas pode afetar o desempenho de Djokovic em Nova Iorque?
Sem o ritmo de jogos em quadra dura, o ajuste ao timing de serviço e à velocidade de bola pode ser mais desafiador. Contudo, treinos intensivos podem compensar a falta de matchplay, mantendo a condição física e mental.
Quem são os principais concorrentes de Djokovic no US Open 2025?
Entre os favoritos estão Jannik Sinner, líder do ranking ATP, Carlos Alcaraz e o australiano Alex de Minaur, que vem mostrando forma nas últimas semanas.
Qual o histórico de Leslie em US Open antes de 2025?
Djokovic venceu o US Open quatro vezes (2011, 2015, 2018 e 2023) e chegou à final em 2022, perdendo para Daniil Medvedev. Ele mantém a melhor taxa de vitórias entre os jogadores veteranos.
Quando começa a fase de qualificatórias do US Open?
As qualificatórias iniciam em 19 de agosto de 2025, com a primeira rodada de jogos no USTA Billie Jean King National Tennis Center. O torneio principal, com os principais nomes, tem início no dia 24 de agosto.
Luciano Pinheiro
É compreensível que um atleta de 38 anos pense na longevidade da carreira. O calendário apertado das quadras duras pode causar desgaste extra, especialmente depois da lesão na virilha. Treinos controlados em academia podem preservar a condição física sem o risco de surpresas desagradáveis nos jogos. Ainda assim, a falta de ritmo competitivo pode ser um ponto fraco na adaptação ao US Open.
caroline pedro
Quando um tenista como Novak decide abandonar um torneio preparatório, o impacto ecoa além das quadras. A estratégia de priorizar o corpo sobre a prática de partidas pode ser vista como prudente, mas também levanta dúvidas sobre a forma de entrar em ritmo. Cada ponto em um Grand Slam exige timing afinado, algo que costuma ser aprimorado em confrontos reais. A ausência de 44 dias de matchplay pode transformar a energia em rigidez, dificultando a adaptação ao ritmo acelerado do US Open. Por outro lado, sessões intensas de condicionamento podem manter o condicionamento aeróbico e a força explosiva. A fisioterapia focada pode reparar pequenas lesões que, se negligenciadas, se manifestariam em momentos críticos. Ainda que o descanso seja benéfico, o tênis de elite depende de respostas rápidas a situações inesperadas, algo que só se desenvolve em competição. A narrativa histórica mostra que veteranos que pulam a fase de aquecimento, às vezes, pagam o preço nas primeiras rodadas. No entanto, Djokovic já venceu o US Open quatro vezes, provando que a experiência pode superar a falta de jogos recentes. A preparação mental, que inclui visualizações e simulações, também tem papel crucial na performance. Treinos de saque em quadras cobertas podem aliviar a ansiedade de servir sob pressão. Além disso, a confiança acumulada ao longo de uma carreira brilhante pode compensar a perda de ritmo. O treinador Baghdatis enfatiza que a escolha foi “estratégica”, indicando que o plano inclui ajustes finos antes da partida inaugural. Se a equipe conseguir equilibrar a carga de trabalho com a necessidade de recuperação, o risco diminui. Caso contrário, os adversários mais jovens, como Sinner e Alcaraz, podem explorar qualquer deslize. Em resumo, a decisão é uma faca de dois gumes que pode tanto preservar a energia como comprometer a performance. Somente o resultado nas quadras dirá se a aposta valeu a pena.
celso dalla villa
Treinar em condições controladas ajuda a evitar lesões inesperadas, mas o ritmo de jogo não se substitui com exercícios.
Maria Daiane
A perspectiva de preservar a longevidade do atleta alinha-se com a gestão de carga de trabalho que usamos em alta performance. Contudo, o conceito de “preparação” inclui tanto o aspecto físico quanto o de timing de jogo, que são componentes críticos em superfícies rápidas. Ao eliminar o torneio de Cincinnati, Djokovic pode estar reduzindo o risco de sobrecarga, porém também perde a oportunidade de calibrar o swing de saque em condições de match. É uma troca entre desgaste muscular e afinação tática que merece análise aprofundada. Em última análise, a decisão reflete um equilíbrio delicado entre risco e recompensa.
Paula Athayde
Essa desculpa de “preservar a carreira” não passa de um teatro de egos inflados.
Ageu Dantas
É de partir o coração ver um ícone da sportividade se retirar na porta do grande palco. A dor de não disputar o torneio é quase tão grande quanto a ansiedade de enfrentar o desconhecido sem ritmo. Ainda assim, o espírito de luta pode transformar a pausa em renascimento.
Bruno Maia Demasi
Ah, claro, treinar em academia ao invés de enfrentar adversários reais é a nova tática de elite. Porque nada diz “estou pronto” como bater a bola contra a parede de um ginásio. Deve ser por isso que todo mundo vai ficar impressionado nos sets decisivos.
Rafaela Gonçalves Correia
Não é à toa que a mídia costuma pintar a decisão de Djokovic como um ato de “autopreservação”. Na verdade, por trás dessa narrativa há um labirinto de interesses políticos dentro da ATP, que muitas vezes favorece jogadores estabelecidos em detrimento de novos talentos. Além disso, a pressão de patrocinadores pode forçar decisões que não têm nada a ver com a saúde do atleta, mas sim com a imagem que se quer transmitir ao público global. A escolha de não disputar Cincinnati, ainda que justificada como estratégica, pode ser um sinal de que o circuito está inchado de complacência. Quando os grandes nomes escapam dos desafios, deixam um vácuo que facilita a ascensão de jogadores como Sinner e De Minaur. Esse vácuo, porém, também pode gerar um cenário de imprevisibilidade que atrai mais espectadores e, consequentemente, mais dinheiro para os organizadores. Portanto, o abandono pode ser simultaneamente um movimento de proteção e uma peça num xadrez maior de negócios. No fim, quem realmente paga a conta somos os fãs, que ficam sem o espetáculo completo.
Fernanda De La Cruz Trigo
Vamos encarar isso como uma oportunidade para o restante do pelotão mostrar seu talento. A ausência de Djokovic abre espaço para novas histórias surgirem nas quadras de Nova Iorque. Cada ponto será disputado com mais intensidade, já que todos sabem que o caminho para o título está mais aberto. Então, vamos apoiar os jovens e esperar jogos eletrizantes.
Raif Arantes
Ah, a ironia não poderia ser maior: quem fala de preparação no academia nunca sentiu a pressão de um tie‑break decisivo. Essa postura parece mais uma tentativa de justificar a falta de coragem em enfrentar rivais em plena forma. O futuro dirá quem realmente estava pronto.
Sandra Regina Alves Teixeira
É verdade que a pausa pode gerar dúvidas, mas a experiência de Novak ainda fala alto nos momentos críticos. Ele já mostrou que sabe como adaptar seu jogo às condições, mesmo depois de longos intervalos. Vamos torcer para que ele volte com o mesmo espírito combativo.
Lucas Lima
Ao analisar a situação, vemos que o calendário ao redor do US Open está repleto de torneios que demandam alta energia dos atletas. A escolha de pular Cincinnati indica uma avaliação cuidadosa da relação risco‑benefício, sobretudo considerando a história de lesões recentes. Além disso, a equipe técnica provavelmente está implementando protocolos de recuperação avançados, incluíndo sessões de fisioterapia de alta frequência. A preparação física em ambiente controlado permite ajustes finos na biomecânica do saque, algo crucial nas quadras duras. Por outro lado, a falta de matchplay pode levar a um déficit de “tempo de reação” frente a situações de alta pressão. Contudo, a inteligência tática de Djokovic lhe permite estudar adversários por meio de vídeo, compensando, em parte, a ausência de jogos reais. Se a transição do treino para o torneio principal for bem planejada, o risco diminui significativamente. Em síntese, a estratégia pode ser vista como um investimento calculado na longevidade da carreira.
Williane Mendes
Embora a ausência de partidas seja incomum, a história do esporte está repleta de atletas que reinventaram seus caminhos após períodos de pausa. A questão central permanece: será que a preparação física pura supera a necessidade de ritmo competitivo? Só o tempo dirá.
Valdirene Sergio Lima
Concordo plenamente com a análise detalhada apresentada. A ênfase na recuperação biomecânica aliada ao estudo tático demonstra um planejamento meticuloso que pode, de fato, mitigar os efeitos adversos da falta de partidas. Resta observar se a execução prática corresponderá às expectativas teóricas.
Ismael Brandão
Vamos apoiar o Novak, ele tem a força mental necessária para superar qualquer lacuna. O treinamento intensivo pode ser o diferencial nos momentos decisivos. Boa sorte ao atleta!
Luís Felipe
A decisão de não participar de Cincinnati está alinhada com a necessidade de preservar a integridade física do atleta, conforme relatado pelos profissionais de saúde. O foco agora será otimizar a preparação para o US Open, mantendo um equilíbrio entre carga de trabalho e recuperação.
Gustavo Cunha
Eu acho que ele vai se dar bem, na boa, se jogar nos treinos. Não tem muito mistério, o cara já provou que sabe o que faz.
Jéssica Farias NUNES
Claro, porque perder 44 dias de competição vai deixar ele mais afiado, né?
Elis Coelho
É importante notar que a literatura esportiva indica que períodos de descanso controlado podem melhorar o desempenho anaeróbico, mas o ajuste ao timing de serviço em quadras duras costuma requerer matchplay para otimização.
Camila Alcantara
Vamos ver se o veterano vai brilhar como um cometa ou se vai se apagar na primeira meia‑volta da quadra.