Flamengo x Vitória: 8 a 0 histórico no Maracanã, transmissão, análise e impacto no Brasileirão

Oito a zero no Maracanã. Em uma noite de pressão alta, passes rápidos e precisão cirúrgica, o Flamengo desmontou o Vitória e construiu um placar que entra para a história do confronto. Pela 21ª rodada do Brasileirão 2025, a equipe de Filipe Luís venceu por 8 a 0, com direito a hat-trick de Pedro, dobradinha de Samuel Lino e gols de Arrascaeta, Luiz Araújo e Bruno Henrique. O resultado reforça a liderança rubro-negra e mantém o time baiano no Z-4.
O contexto antes de a bola rolar já indicava um Flamengo agressivo. Líder do campeonato e com dois jogos a menos, o time chegava embalado pela classificação aos mata-matas da Libertadores. Filipe Luís tinha o elenco praticamente completo, sem poder contar apenas com Erick Pulgar, em recuperação de cirurgia. Do outro lado, o Vitória de Fábio Carille tentava estancar a sangria na luta contra o rebaixamento, apostando em um bloco mais baixo e saídas rápidas.
Transmissão: TV, rádio e internet
Quem quis acompanhar ao vivo teve vários caminhos. A televisão ficou com a dupla SporTV e Premiere, que levou a partida com pré-jogo, transmissão completa e entrevistas pós-jogo. No rádio, a BandNews FM Rio transmitiu todos os lances e emoções com equipe formada pelo narrador Luiz Carlos Silva, o comentarista Antonio Carlos Duarte, a repórter Fernanda Pizzotti e o apresentador Raphael Hamdan.
Na internet, canais do YouTube fizeram a cobertura do clima e dos bastidores, sem imagens oficiais do jogo por questão de direitos. A Flazoeiro TV mostrou a chegada das torcidas, aquecimento e movimentação no entorno do Maracanã, enquanto o Litoral News trouxe reações da arquibancada, ambiente no estádio e as coletivas após o apito final. Para quem buscava detalhes de campo e bastidores, foi um cardápio cheio: TV para ver, rádio para ouvir cada lance e YouTube para sentir a atmosfera.

O jogo: estratégias, destaques e o que muda na tabela
O Flamengo apresentou um plano claro desde o primeiro minuto: recuperar a bola rápido e acelerar com amplitude pelos lados. O 4-3-3 ganhou vida com Varela e Alex Sandro abrindo o campo, Jorginho e Saúl sustentando a base por dentro e Arrascaeta coordenando a criação entre linhas. Com Samuel Lino e Gonzalo Plata atacando os espaços e Pedro afiado na pequena área, a defesa do Vitória sofreu para reagir aos gatilhos de pressão e às trocas de posição.
Fábio Carille tentou conter o ímpeto rubro-negro com duas linhas compactas e saída sustentada por Ricardo Ryller e Ronald. A ideia era baixar o ritmo, alongar a posse e encontrar Erick e Osvaldo em transições. Mas o gol cedo desestruturou o plano. A cada recuperação no campo ofensivo, o Flamengo chegava com muitos jogadores, alternando cruzamentos rasos, tabelas curtas e finalizações de média distância. Quando não era Pedro aparecendo para concluir, Samuel Lino atacava o segundo pau com tempo e liberdade.
A avalanche virou placar histórico. Pedro marcou três vezes mostrando repertório: presença de área, leitura de espaços e frieza para finalizar. Samuel Lino anotou dois e foi um tormento para a última linha baiana, sempre oferecendo profundidade. Arrascaeta, com visão e tempo de execução, participou de várias construções e ainda deixou o dele. Luiz Araújo, que entrou bem, e Bruno Henrique, sempre perigoso atacando o espaço nas costas do lateral, completaram o 8 a 0.
No geral, foi a atuação mais dominante do Flamengo no ano contra um adversário de Série A. Pressão coordenada, time curto, posse com objetivo e muitas finalizações em condição clara. Agustín Rossi trabalhou pouco. Léo Ortiz e Léo Pereira lideraram a saída limpa e neutralizaram Renato Kayzer, que ficou isolado por longos trechos. Nas laterais, Varela — depois substituído por Emerson Royal — e Alex Sandro empurraram o time para frente, prenderam os pontas rivais e ainda participaram da construção de jogadas por dentro.
Do lado do Vitória, o jogo desandou cedo. O time até tentou ajustes: Carille acionou Lucas Braga e Pepê para dar mais perna pelos lados e ajudar na recomposição, mas o estrago estava feito. O meio atuou sempre em atraso, com Ryller e Ronald afogados em inferioridade numérica. A defesa sofreu com cruzamentos e bolas cruzadas atrás da última linha, especialmente quando o Flamengo acelerava logo após a retomada.
As escalações iniciais e as mudanças ajudam a explicar o roteiro. O Flamengo começou com Agustín Rossi; Guillermo Varela (depois Emerson Royal), Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Jorginho, Saúl e Arrascaeta; Gonzalo Plata (depois Luiz Araújo), Samuel Lino e Pedro. O Vitória saiu com Lucas Arcanjo; Edu (depois Lucas Braga), Lucas Halter, Zé Marcos e Ramon; Ricardo Ryller, Ronald e Cantalapiedra (depois Pepê); Erick, Osvaldo e Renato Kayzer.
Para quem gosta de ver o desenho em preto no branco, vale listar.
- Flamengo: Rossi; Varela (Emerson Royal), Léo Ortiz, Léo Pereira, Alex Sandro; Jorginho, Saúl, Arrascaeta; Gonzalo Plata (Luiz Araújo), Samuel Lino, Pedro.
- Vitória: Lucas Arcanjo; Edu (Lucas Braga), Lucas Halter, Zé Marcos, Ramon; Ricardo Ryller, Ronald, Cantalapiedra (Pepê); Erick, Osvaldo, Renato Kayzer.
O placar de 8 a 0 é o maior já registrado no confronto direto entre os clubes e um dos mais elásticos desta edição do campeonato. Além do impacto simbólico, pesa na matemática: melhora saldo, empurra concorrentes a correr atrás e reduz margem de erro na briga pelo título. Líder com jogos a recuperar, o Flamengo adiciona confiança para a sequência apertada com Brasileirão e mata-mata continental.
Para o Vitória, a derrota mantém a equipe na 17ª posição, com 19 pontos, dentro da zona de rebaixamento. O desafio imediato é ajustar a fase defensiva, reduzir erros de construção e ganhar competitividade fora de casa. Em cenários assim, a resposta costuma vir com um bloco mais organizado, linhas mais próximas e ajustes de encaixe para não permitir conduções livres entre linhas — justamente onde o Flamengo nadou de braçada.
Do ponto de vista tático, há um ponto-chave no jogo: a diferença na reação pós-perda. O Flamengo, sempre com 5 a 6 jogadores no setor da bola, reduzia as linhas de passe e recuperava rápido, atacando novamente com o Vitória desorganizado. Quando um time acelera tanto sem a bola, o adversário ou alonga lançamentos — devolvendo a posse — ou arrisca por dentro, perdendo em zonas perigosas. Foi assim que saíram vários lances que terminaram em finalização clara.
Individualmente, Pedro foi o nome da noite. Não só pelos três gols, mas pela capacidade de atrair zagueiros, abrir espaço para infiltrações e dar sequência às jogadas de costas. Samuel Lino se destacou como receptor de vantagem: atacou bem a última linha, temporizou quando precisou e leu o timing das ultrapassagens. Arrascaeta foi o cérebro, alternando entre costurar por dentro e cair nos corredores para criar superioridade. No banco, as entradas de Emerson Royal e Luiz Araújo mantiveram o ritmo e a agressividade pelos lados.
Entre os defensores, Léo Ortiz e Léo Pereira deram o tom de saída limpa, rompendo a primeira pressão com passes verticais. Alex Sandro ofereceu segurança atrás e apoiou no terço final com boas escolhas. Jorginho e Saúl equilibraram o meio: um para dar cadência e cobrir, outro para empurrar a linha e recuperar bolas. Esse triângulo com Arrascaeta sustentou o domínio territorial e transformou posse em chance de gol, algo que nem sempre é trivial em jogos de campeonato.
A atmosfera no Maracanã também pesou. O barulho na arquibancada aumentava a cada recuperação no ataque, e o time respondeu com intensidade. A chegada dos ônibus, o aquecimento e os cânticos já indicavam clima de decisão. Não por acaso, o adversário sentiu o ambiente. Em noites assim, quando a engrenagem encaixa, o placar dispara.
Do lado do Vitória, alguns pontos a revisar: a proteção da área em cruzamentos rasteiros, a distância entre zaga e meio no balanço defensivo e a dificuldade para proteger o corredor central quando o adversário triangula por dentro. Com muito campo para cobrir e pouca pressão na bola, a última linha ficou exposta. Ajustes de posicionamento e de timing na hora de subir a pressão podem reduzir danos em jogos fora de casa.
Para o torcedor, a lembrança que fica é um show coletivo e um resultado que vira referência de desempenho. Para a comissão técnica, há matéria-prima para vídeos e treinos: gatilhos de pressão, coordenação nas trocas de corredor e ocupação da área com mais de um jogador — o que explica parte dos gols de rebote e das finalizações livres.
Em termos de campeonato, a goleada mexe com as narrativas. A liderança ganha lastro e impõe pressão nos perseguidores, como o Cruzeiro e outros postulantes, que passam a jogar sabendo que qualquer tropeço custa caro. O torcedor rubro-negro sai do estádio com a sensação de que a equipe tem caminhos variados para vencer: bola trabalhada, transição rápida, infiltração por dentro e ataques ao segundo pau. É um pacote de recursos que costuma decidir pontos em série.
Se você chegou até aqui procurando serviço, vale lembrar: quando o tema é Flamengo x Vitória, a cobertura costuma ser ampla. A TV paga fica com os direitos e entrega o jogo completo; o rádio é ideal para acompanhar no trânsito ou no trabalho; e o YouTube dá o bastidor e a cor do espetáculo. Em jogos grandes no Maracanã, essa combinação se repete e atende a diferentes rotinas do torcedor.
O placar final, 8 a 0, fica guardado como marca desta temporada. Para o Flamengo, é combustível. Para o Vitória, um alerta alto. O Brasileirão segue longo, mas algumas noites ajudam a contar a história do ano — e esta é uma delas.