Fisioterapia Pediátrica: o que é e por que sua criança pode precisar

Se você tem um filho que ainda está crescendo, já deve ter percebido que cada fase traz um jeito novo de mexer o corpo. A fisioterapia pediátrica tem o papel de acompanhar esse ritmo, garantindo que quirks de desenvolvimento não se transformem em problemas maiores.

Ao contrário da fisioterapia para adultos, que foca bastante em dores crônicas ou lesões esportivas, a versão infantil lida com questões como atraso na marcha, postura, reflexos exagerados ou até sequelas de doenças congênitas. O objetivo principal? Promover a mobilidade, a força e a coordenação de forma segura e divertida.

Principais áreas de atuação

Os fisioterapeutas que trabalham com crianças costumam dividir seu trabalho em algumas frentes:

  • Desenvolvimento motor: Avaliam se o bebê está alcançando marcos como sentar, engatinhar e caminhar no tempo esperado. Se houver atraso, criam exercícios lúdicos para estimular os músculos.
  • Reabilitação de lesões: Fraturas, luxações ou lesões de tecidos moles são tratadas com mobilizações suaves, alongamentos e fortalecimento progressivo.
  • Condições neurológicas: Crianças com paralisia cerebral, síndrome de Down ou lesões medulares recebem intervenções que ajudam a melhorar o controle muscular e a prevenção de deformidades.
  • Problemas respiratórios: Em casos de asma ou fibrose cística, a fisioterapia ajuda a limpar as vias aéreas e melhorar a capacidade pulmonar.
  • Prevenção de posturas inadequadas: Escolas e domésticos identificam alterações como escoliose precoce; o fisioterapeuta atua com correções posturais e exercícios de alongamento.

Essas áreas costumam se sobrepor. Por exemplo, um garoto que sofreu um tornozelo fraturado pode precisar de trabalho de força, mas também de orientações posturais para evitar compensações que atrapalhem a marcha.

Dicas práticas para pais

Você não precisa ser um especialista para apoiar o desenvolvimento do seu filho. Algumas ações simples dão muito resultado:

  1. Estimule o movimento: Deixe seu filho brincar livremente no chão, role, empurre carrinhos e explore diferentes superfícies. Isso faz com que músculos e articulações trabalhem de forma natural.
  2. Observe os marcos: Se seu bebê ainda não engatinou aos 9 meses ou não anda até 15 meses, marque uma avaliação. Cada criança tem seu ritmo, mas atrasos podem sinalizar a necessidade de intervenção.
  3. Crie rotinas de alongamento: Antes de brincar ou dormir, faça movimentos leves de braços e pernas. Não precisa ser intenso, só para manter a flexibilidade.
  4. Use objetos do dia a dia: Uma bola macia, almofadas ou blocos ajudam a desenvolver equilíbrio e coordenação. Jogar e pegar objetos estimula a propriocepção.
  5. Fique atento à dor: Crianças pequenas nem sempre verbalizam desconforto. Se notar que ele evita uma atividade ou chora ao tocar determinada região, procure um fisioterapeuta.

Além disso, o acompanhamento contínuo com um profissional especializado garante que o plano de tratamento evolua conforme a criança cresce. Muitos fisioterapeutas oferecem sessões de avaliação gratuita ou grupos de orientação para pais, o que pode ser uma ótima porta de entrada.

Em resumo, a fisioterapia pediátrica não é só para situações de emergência; ela faz parte do cuidado diário, ajudando a transformar pequenas dificuldades em habilidades sólidas. Se você suspeita que seu filho possa se beneficiar, marque uma visita e descubra como pequenos ajustes podem fazer uma grande diferença no futuro dele.

FECI Celebra Aniversário dos Projetos Interabilita e Interagir para Inclusão de Crianças com Deficiências

26.09.2024 Por: Guilherme Barbosa

A Fundação do Sport Club Internacional (FECI) comemora o aniversário dos projetos Interabilita e Interagir, que oferecem serviços gratuitos para crianças portadoras de deficiências físicas. O Interabilita provê fisioterapia neurofuncional pediátrica, enquanto o Interagir foca no suporte abrangente, promovendo a inclusão e bem-estar das crianças.